Plumas! Plumas! Plumas!

O Aurélio diz:

Pluma;

s.f. Pena de ave especialmente preparada para adorno.

Mas transpassando a sua existência em alguns acessórios, como leques, boás…e no seu uso fora em ambientações…cortinas, tapetes…A pluma foi imersa de forma coesa nas criações de moda.

Em passado recente, havia um certo receio no uso de plumas nos looks, um certo medo de deixar o visual carregado e tendencioso, meio over. Coisas das últimas escolas noventistas minimalistas, um medo desnecessário, nada que Mae West ou Maria Antonieta não tenham superado….

No lastro atual da moda, a pluma nos últimos anos vem ganhando destaque e a admiração daqueles que fazem/vivem a moda.

Como toda idéia que uma aplicação acrescenta, a pluma tem que desempenhar bem o papel: aplicar-se no contexto. Sem gritos, sem exageros, sem foco principal.

Como elemento leve que é, tem que se respeitar a fluidez da natureza da pluma deixá-la fluir, deixá-la voar junto com quem a usa.

Aqui vão meus destaques envoltos em pluma:

Cannes 2009

Juliane Moore com seu detalhe em plumas.

Madonna para LV.

Plumas em minha criação, Lawson.

J’adore bijoux!

Se tem uma coisa que todos fashionistas adoram na hora de compor seu look, é o famoso acessório: a bijuteria. No esteio desse gosto pop, recentemente a Prada na semana de moda de Milão, introduziu o verdadeiro festival de bijuterias aplicadas nas sandálias de acrílico. Causando muito estranhamento em fashionistas por utilizar um material tão popular e muitas vezes ligado à cultura kitsch.

Porém, revisitando a história da moda, é fácil entender como a bijuteria bem aplicada pode se tornar desejo de consumo mundial. Em meados da II Guerra Mundial, uma estilista visionária resolveu criar uma linha de joias que fossem mais acessíveis e versáteis para as roupas em tempos de guerra. Coco Chanel deu início ao que hoje em dia conhecemos como “bijouterie”, ao convidar seu amigo Fulco Santostefano della Cerda, o Duque de Verdura, para trabalhar como designer da maison.

Verdura, profundo conhecedor da arte da joalheria, desenvolveu com Chanel uma coleção de joias com inspiração principalmente na Cultura Bizantina e dos Czares Russos, criando os famosos braceletes de Cruz de Malta. Criados em acrílico – com as joias de Chanel, presenteadas por um afeto herdeiro dos Czares Russos – as versões reduzidas e redesenhadas por Verdura imediatamente tornaram-se item obrigatório em todas as damas da época. Torna-se bem mais facil gostar da brincadeira e criatividade de Miuccia e perceber que com um toque de genialidade tudo vira moda e tudo vira arte.

Duque de Verdura e Mademosaille Chanel na confecção dos famosos braceletes com cruz malta.

Detalhes dos pés da última coleção verão da semana de Milão da Prada, sandálias de acrílico.

Este post também pode ser visto em: http://juliapetit.com.br/home/j%E2%80%99adore-bijoux/

J’aime L’art nouveau.

Estilo artístico desenvolvido na Europa a partir do final do século XIX, a Art Nouveau encontrou na moda uma rica miscelânia de estilos. Com inspirações tanto da arquitetura, como da pintura, a Art Nouveau nas criações de moda forma um estilo com nuances vintage mas que sempre exalam personalidade inovadora tão típica dos movimentos futuristas.

Rejeitando formas convencionais, livrando de qualquer preocupação essencialmente estética, introduzindo um estilo floreado, onde se destacam a linha curva e as formas orgânicas inspiradas em folhagens, flores, cisnes, tomando como inspirações obras do arquiteto espanhol Gaudi e de alguns pintores também da época como Gustav Klimt, a Art Nouveau funda um estilo único que sem duvida alimenta o mundo criativo dos croquis de moda.

E que especialmente pra mim, é uma das fontes de inspiração de que toujours eu bebo.

Jessica Stam de Dior Couture by John Galliano no The Costume Institute Gala at the Metropolitan Museum of Art, em 07.05.2007

Atelier du Lawson, inspiração em art nouveau.